"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo"
Hebreus 9:27
No último capítulo de "Um lugar chamado vida", vimos que:
Arnold encontrava-se em uma cabana abandonada, e Lancy já havia saído em seu socorro, e Culler Boston andava sofrendo, sentindo falta do seu grande amor, Samy. Não ficou claro para nós, o real motivo da separação. Também vimos que, devido a encontros e desencontros Lyan sofreu um acidente, causado por Leyton Armstrong, seu tio.
Culler Boston estava deprimido, havia acordado há cerca de 1 hora, mas ainda permanecia deitado olhando o calendário. Parecia um dia especial, mas não tinha forças para levantar-se, havia deixado a falta que sentia de Samy, tomar conta do pouco que ainda restara.
Num lapso de coragem levantou-se, vestiu-se rapidamente e entrou no carro, dirigiu quase que sem rumo algum por poucos minutos, até que parou em frente ao cemitério de Riverland, olhou de dentro do carro, respirou fundo, então disse a si mesmo:
- É agora Culler, hora da verdade.
Do lado de dentro do cemitério, ao seu lado, Samy olhava o túmulo que o afligia tanto, Culler chorava demasiadamente, caiu de joelhos e perguntou:
- Por que você me deixou?
Olhou mais uma vez para o túmulo, onde estava escrito assim:
"Aqui jaz Samy Minner, descanse em paz".
Culler olhou para Samy, e continuou:
- Por que você se foi? Tão de repente? - De alguma forma, Samy sabia que dessa vez, iria despedir-se de verdade:
- Culler, já faz dois anos, você precisa aceitar a minha morte. Os planos que Deus tem para a sua vida são bem maiores do que um fantasma.
Dessa vez Samy parecia feliz, sabia que era chegado o momento de partir, e continuou:
- Levante a cabeça, vem vindo alguém, quero que você a conheça.
Culler levantou a cabeça e viu uma jovem aproximando-se, olhou outra vez para Samy, que não estava mais lá, Culler sentiu paz.
No hospital, Serge andava de um lado para o outro, já havia fumado diversos cigarros, e Leyton olhava para o relógio, seu amigo estava precisando dele, mas não contava com tamanho acontecimento. Evitava olhar para Serge, e só queria ouvir do médico que estava tudo bem com Lyan, para que prosseguisse em sua tarefa. O médico entrou na sala de espera com um ar tranquilizador:
- Está tudo bem com nosso garoto, sofreu apenas lesões leves, e arranhões.
A paz tomou conta do lugar, mas principalmente de Leyton. Ele olhou profundamente nos olhos de Serge, e disse rapidamente:
- Tenho que ir, Serge. Mais uma vez desculpe-me pelo acidente, mas não posso mais perder tempo, um amigo meu precisa de mim...
Serge estava aliviado demais para contestar:
- Tudo bem, eu levo Lyan para casa. Se cuida.
Lancy Louis dirigia impetuosamente. O homem ainda estava a tapar sua boca. Ela já não reconhecia aquele lugar, a estrada havia se tornado de barro pisado, e o cenário era digno de um filme de terror. Lancy agora não só temia pela vida de Arnold, mas pela sua e do bebê. De longe avistou uma cabana abandonada, o homem vendo a cabana, enfim falou:
- Pare aqui, daqui já está bom. Preste atenção garota, nós vamos entrar devagar, e você não vai fazer nenhum barulho, estamos entendidos?
Lancy, ainda assustada, tentava parecer calma:
- Entendido.
Ambos desceram do carro, e pé ante pé direcionaram-se à cabana. Agora Lancy podia ver que o homem que a raptara era alto, de corpo robusto, mas não conseguia ver o seu rosto, em meio a tentativas frustradas de ver o rosto do homem, viu-se em frente à porta da cabana. O homem abriu a porta, e ela deparou-se com Arnold, preso em uma cadeira, desacordado. Não conseguiu segurar o grito:
- Arnold.
Duncan agora mostrando seu rosto, deu-lhe uma tapa, e ela caiu também desacordada.
Serge e Lyan estavam voltando para casa em seu carro. Palavras poucas, o silêncio parecia obrigatório. Lyan queria perguntar ao pai se tinha mesmo forjado a árvore, enquanto Serge aguardava Lyan comentar sobre a mesma, mas não falaram muito, só coisas do tipo: "está doendo?", "já disse que não, pai", "explica-me como foi o acidente", "não lembro, pai". Serge então teve uma idéia, mudou bruscamente o carro de direção, Lyan sentiu vontade de perguntar aonde estavam indo, mas manteve o perturbador silêncio.
Entraram num lugar familiar para o garoto. Assim que o carro entrou no local, as lágrimas começaram a cair do rosto de Lyan, que não as conteve. Estavam em frente à antiga casa que os Armstrongs haviam morado. Um filme passou na cabeça de do menino, lembrou que todos os momentos bons e felizes que se recordara, fora naquele local... olhou para Serge, que no momento também chorava, e o abraçou. Lyan estava sofrendo demais sem o pai por perto, era nítido.
Agora Lancy e Arnold estavam amarrados juntos, de costas um para o outro. Duncan andava de um lado para o outro, parecia esperar alguém, estava impaciente, olhava para o relógio o tempo todo, até que, finalmente, olhou pela janela da cabana e conseguiu enxergar o carro de Rosemary, tomou um velho rifle em mãos, e falou:
- Bom, gente, é hora de dizer aDeus, nada pessoal, só estou fazendo meu trabalho.
Tendo dito isso, Duncan levantou a arma na direção de Arnold, mas antes de disparar, ouviu a voz de Rosemary:
- Duncan, não faça isso!
Duncan virou-se, e seu coração quase saltou pela boca. Rosemary estava rendida, Leyton estava atrás dela com um revolver apontado para a sua cabeça.
- Rose, o que significa isso?
Rosemary não teve tempo pra responder, Leyton tomou sua frente e falou:
- Bom, cara, acabou. Coloque o rifle no chão ou eu atiro.
Duncan não podia acreditar, todo o seu plano havia ido por água abaixo, como ele teria vacilado tanto? Como tinham descoberto Rosemary? Onde havia falhado?
Não tinha mais tempo para pensar, Rosemary era tudo o que ele tinha. Colocou o rifle no chão, e fez tudo o que Leyton ditava, soltou Arnold e Lancy, sentou em uma das cadeiras, Leyton fez Rosemary sentar na outra, e amarrou os dois.
Depois disso, Leyton, Lancy e Arnold, entraram no carro de Leyton e partiram em direção a Riverland.
Por um bom tempo ninguém ouviria falar de Arnold Shues e Lancy Silver...
Continua...
By Leonardo Amorim
Revisado por: Debora Sales
Aff!!! Sempre na melhor parte vem esse CONTINUA..
ResponderExcluiresse "CONTINUA..." me mata, rsrsr
ResponderExcluir.. continuaaa D:
ResponderExcluirVai postar mais n é Léo?
ResponderExcluiroxx...
adorando....
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