Olá Pessoal

Esse livro/blog será postado Por capitulos semanais, vale a pena ressaltar que tudo que for escrito e postado aqui, conta com a autorização de todas as pessoas Citadas,mencionadas e até de forma indireta relatadas nesse livro, é um trabalho meu, mas que faço colocações de livros que leio, músicas que escuto, e histórias interessantes de amigos,colegas,conhecidos,e pasmem até de quem não gosta muito de mim, mas que de alguma forma encontrou no livro,uma forma de expressar todos os sentimentos, por que tambem pertencem a esse lugar chamado "VIDA"

1° Temporada em 12 Capítulos

sábado, 27 de novembro de 2010

5º Capítulo - A revelação

           "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo"
Hebreus 9:27



No último capítulo de "Um lugar chamado vida", vimos que:
            Arnold encontrava-se em uma cabana abandonada, e Lancy já havia saído em seu socorro, e Culler Boston andava sofrendo, sentindo falta do seu grande amor, Samy. Não ficou claro para nós, o real motivo da separação. Também vimos que, devido a encontros e desencontros Lyan sofreu um acidente, causado por Leyton Armstrong, seu tio.



           Culler Boston estava deprimido, havia acordado há cerca de 1 hora, mas ainda permanecia deitado olhando o calendário. Parecia um dia especial, mas não tinha forças para levantar-se, havia deixado a falta que sentia de Samy, tomar conta do pouco que ainda restara.
            Num lapso de coragem levantou-se, vestiu-se rapidamente e entrou no carro, dirigiu quase que sem rumo algum por poucos minutos, até que parou em frente ao cemitério de Riverland, olhou de dentro do carro, respirou fundo, então disse a si mesmo:
           - É agora Culler, hora da verdade.
           Do lado de dentro do cemitério, ao seu lado, Samy olhava o túmulo que o afligia tanto, Culler chorava demasiadamente, caiu de joelhos e perguntou:
           - Por que você me deixou?
           Olhou mais uma vez para o túmulo, onde estava escrito assim:
           "Aqui jaz Samy Minner, descanse em paz".
           Culler olhou para Samy, e continuou:
           - Por que você se foi? Tão de repente? - De alguma forma, Samy sabia que dessa vez, iria despedir-se de verdade:
           - Culler, já faz dois anos, você precisa aceitar a minha morte. Os planos que Deus tem para a sua vida são bem maiores do que um fantasma.
            Dessa vez Samy parecia feliz, sabia que era chegado o momento de partir, e continuou:
           - Levante a cabeça, vem vindo alguém, quero que você a conheça.
           Culler levantou a cabeça e viu uma jovem aproximando-se, olhou outra vez para Samy, que não estava mais lá, Culler sentiu paz.



            No hospital, Serge andava de um lado para o outro, já havia fumado diversos cigarros, e Leyton olhava para o relógio, seu amigo estava precisando dele, mas não contava com tamanho acontecimento. Evitava olhar para Serge, e só queria ouvir do médico que estava tudo bem com Lyan, para que prosseguisse em sua tarefa. O médico entrou na sala de espera com um ar tranquilizador:
           - Está tudo bem com nosso garoto, sofreu apenas lesões leves, e arranhões.
A paz tomou conta do lugar, mas principalmente de Leyton. Ele olhou profundamente nos olhos de Serge, e disse rapidamente:
            - Tenho que ir, Serge. Mais uma vez desculpe-me pelo acidente, mas não posso mais perder tempo, um amigo meu precisa de mim...
            Serge estava aliviado demais para contestar:
           - Tudo bem, eu levo Lyan para casa. Se cuida.



           Lancy Louis dirigia impetuosamente. O homem ainda estava a tapar sua boca. Ela já não reconhecia aquele lugar, a estrada havia se tornado de barro pisado, e o cenário era digno de um filme de terror. Lancy agora não só temia pela vida de Arnold, mas pela sua e do bebê. De longe avistou uma cabana abandonada, o homem vendo a cabana, enfim falou:
           - Pare aqui, daqui já está bom. Preste atenção garota, nós vamos entrar devagar, e você não vai fazer nenhum barulho, estamos entendidos?
           Lancy, ainda assustada, tentava parecer calma:
            - Entendido.
            Ambos desceram do carro, e pé ante pé direcionaram-se à cabana. Agora Lancy podia ver que o homem que a raptara era alto, de corpo robusto, mas não conseguia ver o seu rosto, em meio a tentativas frustradas de ver o rosto do homem, viu-se em frente à porta da cabana. O homem abriu a porta, e ela deparou-se com Arnold, preso em uma cadeira, desacordado. Não conseguiu segurar o grito:
            - Arnold.
            Duncan agora mostrando seu rosto, deu-lhe uma tapa, e ela caiu também desacordada.



            Serge e Lyan estavam voltando para casa em seu carro. Palavras poucas, o silêncio parecia obrigatório. Lyan queria perguntar ao pai se tinha mesmo forjado a árvore, enquanto Serge aguardava Lyan comentar sobre a mesma, mas não falaram muito, só coisas do tipo: "está doendo?", "já disse que não, pai", "explica-me como foi o acidente", "não lembro, pai". Serge então teve uma idéia, mudou bruscamente o carro de direção, Lyan sentiu vontade de perguntar aonde estavam indo, mas manteve o perturbador silêncio.
           Entraram num lugar familiar para o garoto. Assim que o carro entrou no local, as lágrimas começaram a cair do rosto de Lyan, que não as conteve. Estavam em frente à antiga casa que os Armstrongs haviam morado. Um filme passou na cabeça de do menino, lembrou que todos os momentos bons e felizes que se recordara, fora naquele local... olhou para Serge, que no momento também chorava, e o abraçou. Lyan estava sofrendo demais sem o pai por perto, era nítido.



           Agora Lancy e Arnold estavam amarrados juntos, de costas um para o outro. Duncan andava de um lado para o outro, parecia esperar alguém, estava impaciente, olhava para o relógio o tempo todo, até que, finalmente, olhou pela janela da cabana e conseguiu enxergar o carro de Rosemary, tomou um velho rifle em mãos, e falou:
            - Bom, gente, é hora de dizer aDeus, nada pessoal, só estou fazendo meu trabalho.
Tendo dito isso, Duncan levantou a arma na direção de Arnold, mas antes de disparar, ouviu a voz de Rosemary:
            - Duncan, não faça isso!
           Duncan virou-se, e seu coração quase saltou pela boca. Rosemary estava rendida, Leyton estava atrás dela com um revolver apontado para a sua cabeça.
            - Rose, o que significa isso?
            Rosemary não teve tempo pra responder, Leyton tomou sua frente e falou:
           - Bom, cara, acabou. Coloque o rifle no chão ou eu atiro.
           Duncan não podia acreditar, todo o seu plano havia ido por água abaixo, como ele teria vacilado tanto? Como tinham descoberto Rosemary? Onde havia falhado?
           Não tinha mais tempo para pensar, Rosemary era tudo o que ele tinha. Colocou o rifle no chão, e fez tudo o que Leyton ditava, soltou Arnold e Lancy, sentou em uma das cadeiras, Leyton fez Rosemary sentar na outra, e amarrou os dois.
           Depois disso, Leyton, Lancy e Arnold, entraram no carro de Leyton e partiram em direção a Riverland.
           Por um bom tempo ninguém ouviria falar de Arnold Shues e Lancy Silver...



Continua...

By Leonardo Amorim
Revisado por: Debora Sales

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